Usuario invitado
14 de diciembre de 2024
Estive no Spa São Pedro no início dos meses de novembro e dezembro de 2024 e fui bem tratado pela equipe de funcionários durante minhas duas estadas lá. Infelizmente, não posso dizer o mesmo dos sócios do lugar. Comprei um pacote de 20 dias e ganhei três diárias adicionais. A ideia era aproveitar todo esse pacote de 23 diárias durante o mês de novembro, mas o destino não quis assim. Com 8 dias de spa (em 07/11), recebi a notícia que a minha sogra foi diagnosticada com embolia pulmonar e seria encaminhada para a UTI. O diagnóstico era ainda mais grave porque se tratava de uma senhora de 90 anos. Com minha esposa cuidando de tudo sozinha (ela permaneceu com minha sogra durante os 10 dias e as 10 noites de sua internação), eu não podia me dar ao luxo de permanecer no spa nesse contexto. Comuniquei o spa que precisaria sair e pedi para que se pronunciassem sobre como ficaria o meu caso, já que a minha intenção era retornar num momento mais tranquilo da minha vida. Diante da falta de retorno sobre o meu caso, voltei para São Paulo e tentei obter uma resposta nos dias que se seguiram. Nesse meio tempo, enviei um comprovante de visita ao hospital e até uma foto da minha sogra na UTI para provar que não inventei uma história pra deixar o spa. A frieza do departamento de reservas foi impressionante e, só depois de insistir algumas vezes, obtive um retorno em nome da “diretoria” do Spa São Pedro. O retorno foi de que eu tinha direito a um voucher de dez dias para usar no spa em período de baixa temporada por um ano. Insisti dizendo que não era uma proposta justa. Meu motivo de saída era uma emergência médica grave e eu tinha saído do spa num período de baixíssima ocupação, que não resultou em perda de dinheiro para o negócio. Nada feito. Não aceitaram minha argumentação e 5 diárias foram retiradas do pacote que eu paguei. Quando disse que as bases que sustentavam essa decisão não estavam implícitas no contrato que assinei por e-mail, outra surpresa negativa. Me enviaram, como justificativa, uma parte do documento que assinei na entrada, que, entre normas internas, trazia uma condição desconhecida por todos os clientes com quem comentei o fato dentro do spa: “Caso o (a) paciente interrompa o tratamento por vontade própria ou não, o valor das diárias não será ressarcido, a sua vaga ficará liberada à disposição do setor de Reservas.” Além de leonina, a cláusula não era aplicável ao meu caso. Não pedi ressarcimento do valor; solicitei usufruto das diárias que me restavam. Pra mim, trata-se de um caso de absurda falta de cuidado e de empatia com o cliente, além de um exemplo de comunicação muito falha (na falta de regras específicas, os sócios preferiram adotar uma resolução insensível). Perderam um cliente que poderia retornar várias vezes e ganharam um depoimento eternamente negativo. Alguém que vai sempre lembrar os interessados de que, para os donos do Spa São Pedro, cliente é só um número na balança do lucro a todo custo.
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